Por que mesmo ter uma comunidade web3?
Oi, nós sabemos que, desde que leu a nossa última newsletter, você pode estar se perguntando: por que mesmo eu tenho que me preocupar em construir uma comunidade web3? E ela se desenrolará no Second Life, digo, no metaverso? Calma. Nós te entendemos. Sabemos que está exausto das buzzwords e do desperdício de energia e dinheiro que elas acarretam.
Para continuar nossa conversa, então, sugerimos deixar de lado todo buzz envolvido no conceito de web3. Não vamos nos preocupar por agora com blockchain, tokenomics, descentralização, DAOs e tantos outros desses vocábulos. Falaremos apenas do conceito puro e simples de comunidade, do senso de. pertencimento. Opa! Desculpe, evitaremos também as “buzzwords do bem”.
Hoje vamos centrar nos quatro pontos que, acreditamos, justificam o investimento em uma abordagem community-first para conteúdo, experiências, dados e identidade.
1) A nossa lua de mel de 25 anos com o Google terminou da pior forma. Descobrimos que o casamento foi por interesse e acabamos sendo manipulados pelo nerd bonzinho que nos mostrava o que queríamos ver. E nem precisamos falar dos outros nerds não tão bonzinhos assim da Meta, do Twitter, do Telegram e do TikTok. Se sabemos que não dá mais para confiar nas big techs, o seu público alvo, que você chama carinhosamente de persona, também sabe — e só está esperando surgir alguma nova tecnologia que permita uma interação menos tóxica para sair correndo.
2) Ainda não temos muitas certezas sobre inteligência artificial, mas talvez a única até então é de que as ferramentas de AI produzirão em minutos todo o conteúdo que a sua cara e antenada equipe de conteúdo leva dias para criar, escrever, fotografar, filmar, editar e publicar. Qualquer indivíduo em 2023 vai fazer o que uma corporação gasta milhões por ano para produzir. Ou seja, se já não é totalmente dispensável, com um engajamento próximo a zero, seu conteúdo vai definitivamente virar commodity — isso se não existir uma comunidade em torno dele.
3) O relatório Trendhunter de 2023 discute a teoria geracional e os ciclos seculares que impactam uma geração após a outra. Estamos em uma era de destruição e reconstrução das instituições. Após sucessivas crises, a consciência cívica renasce, direcionando o foco para o propósito da comunidade e incentivando a identificação com grupos maiores. Ocorreu nos EUA entre a queda de Wall Street em 1929 e o fim da Segunda Guerra Mundial, e, de acordo com o report, acontece agora, no período entre o abalo financeiro global de 2008 e a pandemia de Covid-19. Não por coincidência, os adultos na geração G.I. de então e os millennials dos tempos atuais compartilham o mesmo arquétipo do herói. Se sua empresa mira chegar a essa geração, de 27 a 42 anos, é bom considerar. propósito e senso de pertencimento em comunidade (desculpe o buzz…) no seu próximo plano de marketing.
4) Se nada disso o convenceu a ter um foco community-first em marketing, note que o canal MrBeast no Youtube possui 158 milhões de inscritos e o canal global da Coca-Cola tem 4 milhões. E a grande diferença entre eles é que um cresceu em torno de sua comunidade e o outro investe 3 bilhões de dólares por ano. Adivinhe quem é quem.
Vamos juntos.
Abs,
Gustavo Fortes, Leo Cardoso, Leo Carbonell e Ricardo Schneider.
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